No Dia do Estudante, hoje, o aluno da rede pública estadual não tem muito o que comemorar, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN). Para o coordenador da regional de Mossoró, Rômulo Arnaud, as escolas continuam sem estrutura adequada e sem professores suficientes.
"O desfecho da greve deixou os professores ainda mais desmotivados e apesar do compromisso e da responsabilidade deles com a educação, isso acaba influindo na relação ensino/aprendizagem", diz o sindicalista, acrescentando que as escolas estão repondo as aulas perdidas, mas é inegável que há prejuízos aos alunos.
Rômulo Arnaud informa que os conselhos das escolas estão definindo a forma de reposição das aulas, algumas em turnos extras, outras aos sábados, na tentativa de amenizar o prejuízo ao aluno por conta da greve, que durou cerca de 80 dias. Ou seja, o maior prejudicado com a greve está sendo o aluno.
Mas o sindicalista considera que o Dia do Estudante deve ser um momento de reflexão, por parte de toda a comunidade estudantil, sobre o papel do estudante no processo de ensino, sobre como podem contribuir para melhorar a qualidade da escola, já que o aprendizado também depende do aluno.
Para o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Petrônio Andrade, os estudantes têm motivos para comemorar relativos à organização e demonstração de capacidade de luta. "Os estudantes em Mossoró voltaram às ruas na luta por seus direitos", observa.
Ele se refere às mobilizações das últimas semanas dos estudantes, que chegaram a ocupar a sede da 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos (Dired), no Centro de Mossoró, por 27 dias, a fim de pressionar o Governo do Estado para negociar com os alunos, que reivindicam mais investimentos para melhoria do ensino.
Andrade lembra que os estudantes da Uern continuam nas ruas, participando dos últimos atos públicos ao lado dos professores e dos técnicos-administrativos da Uern, organizados pela Associação dos Docentes (Aduern) e Sindicato dos Técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Sintauern).
Essas manifestações foram realizadas, por exemplo, na abertura da Festa do Bode, no último dia 4, e na abertura da Feira do Livro de Mossoró, anteontem. No comparativo entre a postura dos estudantes hoje e nos anos 60 e 70, na ditadura militar, Andrade diz que as manifestações hoje têm caráter mais institucional.
"Naquela época, como não havia espaço para negociação devido à ditadura, os estudantes ocupavam as ruas. Hoje, as negociações são mais a nível de governo. Só quando não há espaço para negociação, como no episódio da ocupação da sede da Dired, em Mossoró, é que existem mobilizações públicas para pressionar", diz.
Mas, segundo ele, existem muitos desafios para os estudantes da Uern, sobretudo, aplicação de conquistas presentes no novo estatuto da Universidade, barrado na Justiça: voto paritário para eleição de reitor, criação da Pró-reitoria dos Estudantes e Plano de Assistência Estudantil. "Continuaremos mobilizados", assegura.
"O desfecho da greve deixou os professores ainda mais desmotivados e apesar do compromisso e da responsabilidade deles com a educação, isso acaba influindo na relação ensino/aprendizagem", diz o sindicalista, acrescentando que as escolas estão repondo as aulas perdidas, mas é inegável que há prejuízos aos alunos.
Rômulo Arnaud informa que os conselhos das escolas estão definindo a forma de reposição das aulas, algumas em turnos extras, outras aos sábados, na tentativa de amenizar o prejuízo ao aluno por conta da greve, que durou cerca de 80 dias. Ou seja, o maior prejudicado com a greve está sendo o aluno.
Mas o sindicalista considera que o Dia do Estudante deve ser um momento de reflexão, por parte de toda a comunidade estudantil, sobre o papel do estudante no processo de ensino, sobre como podem contribuir para melhorar a qualidade da escola, já que o aprendizado também depende do aluno.
Para o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Petrônio Andrade, os estudantes têm motivos para comemorar relativos à organização e demonstração de capacidade de luta. "Os estudantes em Mossoró voltaram às ruas na luta por seus direitos", observa.
Ele se refere às mobilizações das últimas semanas dos estudantes, que chegaram a ocupar a sede da 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos (Dired), no Centro de Mossoró, por 27 dias, a fim de pressionar o Governo do Estado para negociar com os alunos, que reivindicam mais investimentos para melhoria do ensino.
Andrade lembra que os estudantes da Uern continuam nas ruas, participando dos últimos atos públicos ao lado dos professores e dos técnicos-administrativos da Uern, organizados pela Associação dos Docentes (Aduern) e Sindicato dos Técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Sintauern).
Essas manifestações foram realizadas, por exemplo, na abertura da Festa do Bode, no último dia 4, e na abertura da Feira do Livro de Mossoró, anteontem. No comparativo entre a postura dos estudantes hoje e nos anos 60 e 70, na ditadura militar, Andrade diz que as manifestações hoje têm caráter mais institucional.
"Naquela época, como não havia espaço para negociação devido à ditadura, os estudantes ocupavam as ruas. Hoje, as negociações são mais a nível de governo. Só quando não há espaço para negociação, como no episódio da ocupação da sede da Dired, em Mossoró, é que existem mobilizações públicas para pressionar", diz.
Mas, segundo ele, existem muitos desafios para os estudantes da Uern, sobretudo, aplicação de conquistas presentes no novo estatuto da Universidade, barrado na Justiça: voto paritário para eleição de reitor, criação da Pró-reitoria dos Estudantes e Plano de Assistência Estudantil. "Continuaremos mobilizados", assegura.
Data surgiu nos anos 20 do século passado
No dia 11 de agosto de 1827, Dom Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife.
Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima. Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII.
As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.
Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima. Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII.
As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.
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