Mesmo após o retorno dos professores da rede estadual de ensino às escolas depois de 80 dias em greve, as unidades educacionais enfrentam problemas para cumprir o ano letivo em virtude da falta de profissionais. Na Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, o déficit de professores está comprometendo a continuidade das atividades escolares. Diante da situação, os alunos protestaram ontem, 3, na 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Esporte (Dired).
Revoltados com a falta de professores, que se tornou um problema corriqueiro na escola, um grupo de alunos resolveu se mobilizar e buscar soluções junto à 12ª Dired. De acordo com a estudante Vitória Viviane, há quatro anos que o curso técnico em secretariado que integra o ensino médio na referida unidade educacional está com déficit de cinco professores.
"Estamos protestando por conta desse descaso. Apenas na nossa turma do curso o problema ocorre há quatro anos. Estamos prestes a terminar sem ver o conteúdo totalmente. Para se ter ideia, chegamos a ver o conteúdo de um ano em apenas dois meses. Assim como vamos sair capacitados?", revela Vitória Viviane.
Ela conta ainda que para receber o certificado de conclusão do curso técnico em secretariado é preciso que o estudante tenha se submetido ao estágio. "Ao longo do curso técnico informaram que iriam nos encaminhar para estágios, mas até agora nada e se não tivermos o estágio, não receberemos o certificado", diz a estudante.
A estudante Viviane Vitória afirma que, apesar da greve dos professores, nada melhorou para os alunos. "Tem dia que não tem uma aula na nossa turma, como também tem dias que vamos para casa às 9h30", relata.
Na tentativa de sanar o problema, o grupo de estudantes da Escola Abel Coelho procurou a 12ª Dired para entregar um abaixo-assinado à chefe do órgão, Magaly Delfino, contendo assinaturas de professores, funcionários e alunos da instituição.
A responsável pela 12ª Dired, Magaly Delfino, recebeu o grupo de alunos. Na ocasião a diretora informou que todas as providências foram tomadas para solucionar o déficit de professores. "Estamos aguardando agora apenas o parecer jurídico do procurador-geral do Estado para darmos continuidade à contratação desses profissionais especializados, pois não dispomos deles na rede estadual. Estou indo a Natal amanhã (hoje) e levarei a reivindicação dos alunos. Até sexta-feira tenho uma resposta sobre esse processo", explica Magaly Delfino.
Nota do Blog: Enquanto isso os desembargadores do TJ RN continuam "preocupados" com os alunos que estao sem aulas.
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