
Isso porque terminou sem acordo a audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) e o Governo do Estado, na última quinta-feira, determinada pelo Tribunal de Justiça a pedido do Sinte. O relator da ação é o desembargador Virgílio Macêdo Júnior.
Sinte e Governo continuam num impasse. Divergiram quanto à implantação dos 34% de reajuste remuneratório decorrentes da implantação do Piso Salarial Nacional. Enquanto o sindicato defende a implantação progressiva entre os meses de julho e setembro, o Executivo assinala que somente pode se comprometer com parcelamento entre setembro e dezembro.
Outro impasse diz respeito ao saldo retroativo advindo da implantação do Piso Nacional. Os representantes dos professores defendem que os novos salários devem ser computados a partir de abril, mas o Governo afirma não haver qualquer definição de legislação nesse sentido, por isso tende a não contabilizar qualquer espécie de retroativo.
O valor e período de implantação da data-base dos salários dos professores também foi tema de discórdia. Por um lado o Sinte pede aumento de 21,76% a partir de janeiro de 2012. O Estado argumenta que já há discussões no âmbito do Governo Federal que realiza um recálculo no percentual de reajuste e também no período de implementação dos valores.
O desfecho da greve na Justiça ocorre devido ao fracasso nas negociações entre Sinte e Governo do Estado, inclusive com intermediação, sem êxito, de comissão de deputados estaduais. A decisão judicial é esperada com grande expectativa, haja vista o prolongamento da paralisação e prejuízos a milhares de alunos em todo o Rio Grande do Norte.
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