sexta-feira, 3 de junho de 2011

Greve na UERN: adesão dos professores e técnicos é superior a 90%




Estudantes, também em greve, reclamam dos problemas estruturais; pró-reitor de administração explica ações de melhorias

Postado em 02/06/2011 às 11:00 horas por Bruno Soares na sessão Educação
No segundo dia de greve da Uern, mais de 90% dos profissionais aderiram ao movimento paredista. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), Flaubert Torquato, apenas as turmas da Faculdade de Direito continuam com aulas. “Também foi permitido que alguns professores que estavam aplicando provas finalizassem os trabalhos”, destacou.
 
Flaubert Torquato ressaltou uma reunião com a categoria, para decidir as ações de curto prazo. “Mas estamos abertos à negociação, tanto com o Estado, quanto com a reitoria. Temos intenções de abreviar o máximo a greve, para que as perdas sejam mínimas”, destacou.
 
No campus central, os alunos e professores levaram faixas no início da manhã, como uma forma de reforçar a greve. Já os poucos alunos que vieram pensando que haveria aula, dividiam opiniões sobre o movimento paredista. 
 
“É verdade que aqui nós vemos muito descaso no que diz respeito à estrutura física do campus. Outro problema é a insegurança. Nesses blocos que ficam na parte de trás é muito perigoso. Mas mesmo assim acho que os alunos ficaram prejudicados”, disse a aluna do curso de Economia, Ana Lúcia.
 


Já a aluna do mesmo curso, Gerlânia Maria afirmou que é contra a greve. “Faltava só um mês para terminar o semestre, os professores deveriam ter esperado. Além disso, eu não acredito que se os professores receberem o reajuste que esperam, vão continuar com a greve”.
 
Sobre a estrutura do Campus Central, o pró-reitor de Administração, Lauro Gurgel, explicou que uma empresa terceirizada foi contratada para fazer a limpeza no campus e que esse trabalho já foi iniciado. 
 


Sobre a insegurança no campus, ele afirmou que a Uern contratou uma empresa de segurança pessoal e patrimonial, que já começou a trabalhar. “Ao todo serão 32 vigilantes. E a empresa ainda fará um levantamento em toda área física, para saber sobre essa questão da insegurança. Estamos tentando viabilizar serviços de ronda, e também deveremos melhorar a qualidade da cerca, porque ainda não dá para construir um muro”, concluiu.

 
PROTESTO
 
No início da noite de ontem, 1º de junho, os estudantes da Uern interditaram a Avenida Dix-neuf Rosado, mais conhecida como Av. Leste-Oeste. Com faixas, cartazes, apitos e panelas, os estudantes tinham como objetivo chamar a atenção do Governo e da sociedade para que a negociação entre o Governo do Estado e as categorias que compõem a universidade seja agilizada e a greve se encerre o quanto antes.



De acordo com o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), por parte do Governo, os discentes reivindicam, principalmente, o descontingenciamento dos recursos da universidade, não apenas para o ano de 2011, como também para os anos que se seguem. 
 
A outra reivindicação da categoria estudantil diz respeito à garantia de recursos, para o ano de 2012, destinados à implantação de uma série de auxílios divididos em cinco grupos: moradia, alimentação, transporte, fotocópia e estágio. Para isso, serão necessários valores na ordem de R$ 1,6 milhão, aproximadamente.
 
Já por parte da reitoria, Petrônio Andrade informa que os discentes reivindicam que as solicitações referentes ao Governo sejam colocadas no Orçamento. Além disso, eles solicitam reforma imediata de algumas faculdades, cuja estrutura do prédio apresenta deficiências, entre elas, a Faculdade de Letras e a de Enfermagem.
 
De acordo com o reitor da universidade, Milton Marques de Medeiros, a pauta elaborada pelos estudantes está sendo contemplada. “Todas estão sendo atendidas, com exceção de um recurso que eles querem de 1,5 milhão, que vai ter que entrar no orçamento”, diz o reitor, acrescentando que a secretária de Educação, Betânia Ramalho, está tomando as providências.

Com informações das repórteres Monalisa Cardoso e Luciana Araújo
Fotos: Wilson Moreno e Ednilto Neves

fonte: Gazeta do Oeste

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