O Tribunal do Júri Popular da Comarca de Governador Dix-sept Rosado se reúne hoje para julgar os acusados de mandar matar o empresário Ildegardo Ferreira, "Toinho da Casa do Construtor", executado a tiros no dia 23 de maio de 2010, em uma chácara de sua propriedade. Flávia Ferreira Freire, filha da vítima, e Francisco Ladenilton da Silva, o "Joinha", genro, são apontados pelas investigações como mandantes do crime.
Segundo informações, o júri está marcado para começar às 8h, no Fórum José Aoem Estigarriga Menescal e sem previsão para o encerramento dos trabalhos, devido à complexidade do caso.
O Ministério Público será representado pelo promotor Daniel Lessa de Azevedo da Aldeia, que terá o advogado Kayo Gameleira como assistente de acusação, e a defesa dos acusados ficará a cargo do advogado Ildefonso Pascoal Júnior. A juíza Ana Cláudia Secundo da Luz será a responsável pelo veredicto.
Devido à grande repercussão que o crime teve na cidade e região, um forte esquema de segurança está sendo montado para assegurar a tranquilidade dos trabalhos. Foi solicitado reforço da Polícia Militar em volta do fórum e dentro da sala "Erivaneide Morais", onde acontecerá a sessão.
Entenda o caso
O empresário Antonio Ildelgardo foi executado a tiros no 23 de maio, no sítio de sua propriedade, localizado na comunidade de Pitombeira, zona rural de Governador Dix-sept Rosado.
Na ocasião, dois elementos em uma motocicleta chegaram ao local perguntando pelo nome da vítima, quando "Toinho da Casa do Construtor" se identificou foi assassinado com vários tiros de pistola. Segundo as investigações, o homicídio foi encomendado pela comerciante Flávia Freire (filha) e seu esposo Francisco Ladenilton, esposo.
Motivo
Segundo apurou as investigações, o motivo do crime estaria ligado a problemas pessoais e financeiros entre pai e filha. Consta nas folhas do processo que Flávia Freire havia recebido dois imóveis do pai para comercializar, no entanto os prédios só poderiam ser vendidos com a morte do empresário, o que acabou ocorrendo.
A polícia e o Ministério Público passaram a investigar o homicídio e chegaram aos mandantes, porém os dois homens contratados para executar a vítima nunca foram identificados.
Família de empresário assassinado espera que réus sejam condenados
"Esperamos que justiça seja feita e que os culpados pela morte do meu irmão possam pagar pelo crime que cometeram, munido de tamanha frieza e premeditação". Com essas palavras o comerciante Francisco de Assis, irmão de Toinho da Casa do Construtor, esboçou toda revolta da família do empresário.
De acordo com Assis, as provas colhidas durante as investigações são suficientes para condenar os acusados com a pena máxima. "Confiamos na Justiça e temos a plena certeza de que os culpados possam pagar pelo que fizeram. Toinho era um bom pai, bom irmão, bom filho e um empresário muito bem sucedido, preocupado com a sociedade, onde desenvolvia trabalhos filantrópicos em diversas entidades", destacou.
Familiares e amigos de Toinho preparam uma manifestação pacífica para as primeiras horas de hoje, que deverá acontecer em frente ao Fórum de Governador Dix-sept, antes do início dos trabalhos do júri popular. Um telão com imagens do empresário deverá ser montado para sensibilizar os jurados e a sociedade de uma forma geral.
Fonte O Mossoroense
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