sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Governo pedirá ilegalidade da greve

Os servidores do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) deflagraram greve por tempo indeterminado na manhã de ontem (01). A reação do governo foi instantânea e o Executivo anunciou que irá pedir a ilegalidade do movimento na Justiça,  ameaçando inclusive o corte de ponto dos envolvidos.

"O anúncio da greve dos servidores do ITEP-RN tendo como argumento a negativa do Governo em discutir com a categoria, é no mínimo descabida", disse o secretário chefe do Gabinete Civil, Anselmo Carvalho, que recomendou o acompanhamento dos dias trabalhados dos servidores do ITEP para que seja efetivado o corte de ponto daqueles que não cumpriram o expediente. "E através da Procuradoria Geral do Estado estamos questionando na Justiça a legalidade do movimento grevista promovido pela direção do SINPOL", disse Anselmo Carvalho.

A reivindicação dos grevistas é de que o governo apresente pelo menos uma data disponível para negociar com a categoria. No entanto, eles alegam que os representantes do governo não definem o prazo para a apresentação do parecer da Consultoria Geral do Estado (CGE) acerca do anteprojeto que trata sobre o estatuto do Itep, o que motivou a paralisação dos servidores.  Os servidores afirmam que o Governo havia prometido que a avaliação da proposta seria feita três meses após a greve realizada em fevereiro e que até a data presente ainda não disponibilizaram uma data para negociação. "Pedimos uma audiência com o Governo na tentativa de um entendimento e sequer fomos recebidos", declarou Djair Oliveira, presidente da Sinpol/RN à reportagem da TN.

 O Governo, no entanto, diz que entende a reforma do estatuto e da estrutura do Itep como prioridade. "É curioso que seja deflagrada greve justamente quando se inicia a recuperação física e a melhoria nas condições de trabalho do Itep", diz Anselmo Carvalho.

Os servidores já haviam deliberado sobre a greve em assembleia no dia 23 de novembro e irão manter apenas 30% dos servidores trabalhando. Com isso, apenas os serviços urgentes funcionarão nesse período: prisões em flagrante, necrotério e perícia em local de crime. Certidões e emissões de documentos estão suspensos.

Tribuna do norte

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