quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sindicatos vão cobrar planos

A divulgação do balanço do último quadrimestre de 2011, quando o Governo se coloca acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, não inibiu os sindicatos dos servidores estaduais que voltaram a cobrar a implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários.

Ontem à tarde, representantes dos diversos sindicatos estiveram reunidos e decidiram que amanhã, às 8h, voltarão a procurar o Governo. Juntos irão ao Gabinete Civil. A justificativa dos sindicatos é que o Governo está abaixo do limite legal da LRF o que traz a possibilidade dos reajustes a serem implantados com os planos. "O Governo está abaixo do limite total. Há uma lei que está em vigor desde 2010 e ela precisa ser  cumprida", disse Santino Arruda, presidente do Sindicato  dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Estado (Sinae).

Ele ressaltou que não há o que se falar em "reajuste salarial". "Não estamos cobrando reajustes, embora fosse legítimo, o que estamos buscando é o Governo cumprir a lei; mas o que ele (o Governo) quer é não pagar os novos patamares salariais que foram criados a partir da lei", destacou Santino Arruda.

Ele disse que os sindicatos dos servidores públicos estão organizando manifestações em conjunto e também isoladas. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação marcou para o dia 29 uma assembleia geral.  "Vamos buscar o que é devido; o Governo tem uma demanda a ser cumprida e o servidor demanda a receber", completou o presidente do Sinae.

Greve

A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Sônia Godeiro, reagiu as informações sobre o fato do Governo ter ficado acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. "O Governo vai passar quatro anos falando dessa lei para poder não dar reajuste aos servidores? Não vamos aceitar", disse a sindicalista.

Ela afirmou que a entidade representativa dos servidores da Saúde teve uma primeira audiência com a governadora Rosalba Ciarlini no final do ano passado, mas voltará a procurar o Executivo. Embora tenha conseguido a implantação do plano de cargos ainda em 2010, o Sindsaúde cobra reajuste salarial, com referência as inflações do ano de 2010 e 2011. "Esse ano não vamos aceitar isso (ficar sem reajuste). Já passamos o ano todo (de 2011) tentando reajuste", completou Sônia Godeiro.

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