domingo, 26 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012 propõe um olhar diferente para a saúde pública

Será lançada hoje em Mossoró, a partir das 8h, através de uma celebração eucarística na Catedral de Santa Luzia, com missa presidida pelo padre Walter Collini, a Campanha da Fraternidade 2012, que este ano tem como tema "Fraternidade e a Saúde Pública" e lema "Saúde se difunda sobre a terra". Haverá também um segundo momento para o lançamento da Campanha, que ocorrerá no dia 2 de março, às 10h, na sede do Núcleo de Radioterapia, no conjunto Abolição III.
O objetivo da iniciativa, cujo tema foi escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é provocar um debate com a sociedade civil e o poder público sobre os problemas no Sistema Único de Saúde (SUS), hospitais e outras instâncias da saúde pública oferecida no Brasil.
Para o diretor-geral do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), Ney Robson, a discussão promovida pela CNBB é de fundamental importância para o avanço da qualidade da saúde pública no país. "É necessário que haja uma reavaliação no setor de saúde pública do Brasil, com um olhar diferente, para que essa área seja valorizada", destaca.
Ainda segundo Ney Robson, a saúde pública está desorganizada, sendo preciso, para reorganizar o segmento, a implantação de metas a serem cumpridas pelos hospitais e órgãos que oferecem esse tipo de serviço. "É preciso que sejam estabelecidas metas e que elas sejam cumpridas, mesmo com poucos recursos", enfatiza, acrescentando: "Necessitamos de mais investimentos e planejamento e uma integração maior entre os governos federal, estadual e municipal", afirma.
O diretor-administrativo da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, André Néo, corrobora com os argumentos apresentados por Ney Robson, e complementa. "Eu vejo essa discussão com fundamental importância, pois a saúde no país está em crise", comenta.
André Néo relata também que apesar da existência de alguns projetos que objetivam melhorar a qualidade da saúde pública a nível nacional, como por exemplo, a rede cegonha, e o S.O.S Emergência, a falta de recursos dificulta o avanço do setor.
"O próprio Ministério da Saúde já anunciou uma redução no investimento para a área, e isso é bastante preocupante, principalmente porque não sabemos que setores serão atingidos especificamente", diz, complementando: "O SUS, possui no papel uma política muito bonita, mas na prática falta aporte financeiro para custear o sistema", conclui André Néo.

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